Luiz Caetano (PT) e Flávio Matos (UB) são candidatos à Prefeitura de Camaçari-BA
O cenário eleitoral em Camaçari segue indefinido, com a disputa para a prefeitura da cidade se encaminhando para um segundo turno acirrado entre Flávio Matos (União Brasil) e Luiz Caetano (PT), conforme aponta a mais recente pesquisa P&A/Política Livre. De acordo com o levantamento, Flávio lidera com 50,8% dos votos válidos, enquanto Caetano aparece com 49,2%. O instituto, que já havia previsto a ida do pleito para o segundo turno, acerta mais uma vez ao projetar um embate apertado entre os dois concorrentes.
A pesquisa, registrada na Justiça Eleitoral sob o número BA-01881/2024, entrevistou 830 eleitores entre os dias 9 e 13 de outubro, com margem de erro de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos e um nível de confiabilidade de 95,5%. O resultado traz uma diferença estreita entre os candidatos, reforçando a expectativa de um segundo turno emocionante no próximo dia 27.
Quando o cenário é analisado de forma estimulada, ou seja, com os nomes dos candidatos apresentados diretamente aos entrevistados, Flávio Matos se mantém à frente com 44,7% das intenções de voto, contra 43,3% de Caetano. No entanto, o índice de eleitores indecisos também é relevante: 6,5% não sabem em quem votar, e 5,5% afirmam que não votariam em nenhum dos dois.
Em um cenário espontâneo, quando os eleitores são questionados sem a apresentação dos nomes, a disputa permanece acirrada. Flávio aparece com 43,5% das intenções de voto, enquanto Caetano registra 42,2%. Mesmo assim, 8,4% dos entrevistados estão indecisos, e 5,9% rejeitam ambos os candidatos.
Rejeição e polêmica judicial
Apesar de estar à frente nas intenções de voto, Flávio Matos enfrenta um índice de rejeição de 39,8%, contra 42,2% de Luiz Caetano, que lidera nesse quesito. No total, 14,8% dos entrevistados não rejeitam nenhum dos dois candidatos, e 6,9% não sabem ou preferem não responder.
A pesquisa gerou polêmica em Camaçari, com a assessoria jurídica de Luiz Caetano buscando barrar sua divulgação. A alegação foi de que a pesquisa não refletia a realidade da cidade, mas a juíza Maria Claudia Salles Parente, da 170ª Zona Eleitoral de Camaçari, rejeitou o pedido de liminar que tentava suspender a publicação dos dados, garantindo que os números fossem divulgados de forma transparente.
Passado polêmico de Luiz Caetano
A disputa em Camaçari ganha ainda mais complexidade quando se leva em conta o histórico de Luiz Caetano. O candidato do PT já foi detido pela Polícia Federal na “Operação Navalha”, que investigou fraudes em licitações e desvio de recursos públicos. Além disso, Caetano foi condenado por improbidade administrativa, o que pode impactar sua imagem junto ao eleitorado, principalmente no contexto de uma eleição em que a transparência e a ética têm sido temas centrais.
Esse contexto contribui para que a eleição em Camaçari tenha sido antecipadamente considerada uma das mais disputadas da Bahia, com um segundo turno que promete ser decidido por detalhes. A pesquisa P&A/Política Livre, que acertou o prognóstico do empate técnico, mostra que o eleitorado está dividido e que a vitória pode ser definida por um pequeno número de votos.
Conclusão: A batalha por Camaçari continua
Com a eleição definida para um segundo turno, Flávio Matos e Luiz Caetano continuam a travar uma batalha eleitoral que promete se intensificar nas próximas semanas. O eleitorado de Camaçari está diante de um dilema: escolher entre a proposta de renovação com Flávio Matos, que lidera as intenções de voto, e o retorno de um nome tradicional da política local, mas com um passado controverso, como o de Luiz Caetano. Resta saber qual desses fatores será determinante para o resultado da eleição no próximo dia 27.
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