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Foto do escritorBoletim Baiano

Onze deputados da Bahia votam contra a castração química de pedófilos

A medida foi apresentada como emenda pelo deputado Ricardo Salles (Novo-SP) ao projeto que cria o Cadastro Nacional de Pedófilos; proposta segue para o Senado.


Onze deputados federais da Bahia se posicionaram contra a emenda que prevê a castração química para condenados por pedofilia. A medida estava incluída no Projeto de Lei que estabelece um cadastro nacional online de pedófilos, gerido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Apesar disso, a proposta final foi aprovada em votação simbólica na Câmara dos Deputados e seguirá agora para apreciação no Senado Federal.


A votação, que ocorreu na última quinta-feira (12), revelou os parlamentares baianos que rejeitaram a emenda. São eles:


- Alice Portugal (PCdoB)

- Daniel Almeida (PCdoB)

- Léo Prates (PDT)

- João Carlos Bacelar (PL)

- Lídice da Mata (PSB)

- Charles Fernandes (PSD)

- Paulo Magalhães (PSD)

- Waldenor Pereira (PT)

- Jorge Solla (PT)

- Bacelar (PV)

- Paulo Azi (União)


O cadastro nacional incluirá informações detalhadas, como fotografias, de pessoas condenadas por crimes relacionados à exploração sexual de crianças e adolescentes. Esses delitos estão previstos tanto no Estatuto da Criança e do Adolescente quanto no Código Penal.


Uma lei federal sancionada em novembro já previa a criação do Cadastro Nacional de Pedófilos e Predadores Sexuais, com base nos dados do Cadastro Nacional de Pessoas Condenadas por Crime de Estupro.


Castração química


A relatora do projeto, deputada Delegada Katarina (PSD-SE), inicialmente havia recomendado a rejeição da emenda sobre castração química apresentada pelo deputado Ricardo Salles (Novo-SP). Ela justificou a posição afirmando que havia um acordo entre os parlamentares para aprovar apenas o texto principal.


Entretanto, Katarina destacou a importância da castração química como medida eficaz, adotada com sucesso em países como Estados Unidos, Austrália e Inglaterra. Após intensos debates em plenário, os deputados optaram por incluir a emenda no texto final, que agora segue para análise do Senado.


A aprovação da proposta principal reflete a preocupação com o enfrentamento da pedofilia no Brasil, mas a posição contrária de parlamentares baianos à castração química gera questionamentos sobre o compromisso com a proteção das crianças e adolescentes.


Para muitos defensores da pauta, a inclusão dessa medida representa um avanço no combate a crimes sexuais, enviando um recado claro de que o país não tolerará práticas que destroem a inocência de seus menores.

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