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Foto do escritorBoletim Baiano

João Bacelar (PL) contraria diretrizes do próprio partido e vota contra a castração química de pedófilos

Deputado federal baiano alinha-se à esquerda e ignora valores defendidos pelo Partido Liberal.


O deputado federal João Bacelar (PL-BA) provocou indignação entre eleitores e integrantes do próprio partido ao votar contra a emenda que previa a castração química de condenados por pedofilia. A medida foi apresentada como parte do Projeto de Lei que cria um cadastro nacional de pedófilos e tinha amplo apoio de parlamentares conservadores e da base alinhada ao ex-presidente Jair Bolsonaro, figura máxima do Partido Liberal.


Bacelar, no entanto, contrariou as diretrizes de sua legenda, conhecida por sua postura firme em defesa da segurança pública e da proteção de crianças e adolescentes, e seguiu a orientação de partidos de esquerda, como PT e PCdoB, na votação da última quinta-feira (12).


Alinhamento com a esquerda


O posicionamento de Bacelar foi visto por muitos como um sinal de alinhamento ideológico com pautas progressistas. Sua decisão o colocou ao lado de nomes como Alice Portugal (PCdoB), Lídice da Mata (PSB) e Jorge Solla (PT), figuras historicamente contrárias às medidas mais rígidas no combate ao crime.


A atitude do deputado gerou desconforto dentro do PL, partido que vem consolidando sua imagem como defensor dos valores conservadores, incluindo a defesa da família, da segurança pública e do endurecimento das penas para crimes hediondos.


Castração Química


A emenda da castração química, proposta pelo deputado Ricardo Salles (Novo-SP), foi incluída após um intenso debate no plenário. Apesar de inicialmente rejeitada pela relatora, Delegada Katarina (PSD-SE), a medida foi aprovada pela maioria dos parlamentares, que entenderam sua importância no enfrentamento a crimes sexuais contra crianças.


Países como Estados Unidos, Austrália e Inglaterra já utilizam a castração química como punição e prevenção para crimes sexuais, e a medida é amplamente defendida por conservadores brasileiros como um avanço necessário para proteger as crianças do país.


Ao votar contra a emenda, Bacelar desrespeitou não apenas a base de apoio conservadora que ajudou a elegê-lo, mas também os próprios princípios de seu partido, que desde a filiação de Jair Bolsonaro adotou uma postura clara contra crimes que atentam contra a inocência de crianças.


Reação do eleitorado e do partido


Nas redes sociais, eleitores manifestaram indignação com o posicionamento de João Bacelar, questionando sua lealdade aos valores do Partido Liberal. “É um absurdo ver um deputado do PL, o partido de Bolsonaro, votar contra a castração química de pedófilos. Parece que ele está do lado errado da história”, comentou um internauta.


Integrantes do PL também criticaram a postura de Bacelar, que, ao seguir as orientações da esquerda, deixou claro um distanciamento das diretrizes defendidas pela sigla.


O dilema de Bacelar


A votação contra a castração química de pedófilos coloca João Bacelar em uma posição desconfortável dentro de seu partido e diante de seu eleitorado. Para muitos, sua postura reflete uma desconexão com as demandas da população e uma aproximação perigosa com pautas progressistas que não encontram respaldo entre os valores do PL.


Enquanto a proposta segue para o Senado, a postura de Bacelar servirá como um lembrete de que o eleitorado conservador não perdoa quem ignora seus princípios e expectativas.

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